Ovnis no Brasil
Em
comparação com países pequenos, como Portugal, os números no Brasil são sempre astronômicos, esse misterioso adjetivo que veio do espaço e poisou na terra
qual óvni. Pois bem: foram astronómicos os custos do mundial brasileiro de 2014
- sobretudo porque foram astronómicos os sobrefaturamentos nas construções dos
estádios.
O fio do novelo da Operação Lava-Jato,
que investiga os roubos na Petrobrás, chegou aos estádios em forma de Operação
Fair Play. E concluiu que a Odebrecht, a principal construtora do país, cujo
presidente está num calabouço por envolvimento no Petrolão, fraudou a licitação
da Arena Pernambuco e ainda a sobrefaturou em 70 milhões de reais (cerca de 20
milhões de euros).
Os agentes vão agora passar a pente
fino todos os contratos de construção ou remodelação dos outros estádios a
cargo da Odebrecht - o Itaquerão, em São Paulo, o Maracanã, no Rio de Janeiro,
e o Fonte Nova, em Salvador.
Dos 12 estádios construídos ou
remodelados só um tem uma taxa de ocupação superior a 50 por cento e parte
deles são o protótipo do elefante branco (nada que não estivesse previsto neste
texto de Junho de 2012: www.dinheirovivo.pt.
A Arena Pantanal, em Cuiabá, é a de
menor taxa de ocupação (16 por cento). Para começar, chegou a fechar por
problemas elétricos, infiltrações e risco de desabamento do forro do teto por
causa da humidade. Além disso, uma égua da polícia morreu eletrocutada no local
e a seleção olímpica brasileira não conseguiu tomar banho nos balneários por
falta de água.
Fonte de notícias: www.dinheirovivo.pt